Helene
Roberts, Diretora Executiva da Sealed Air para Varejo da Europa, proferiu
palestra sobre alguns mitos em torno das embalagens, principalmente quanto
à sustentabilidade e como a embalagem
pode reduzir os riscos microbianos e agir como um facilitador do
desenvolvimento sustentável. A Sealed Air é um grande grupo de empresas, com
sede nos EUA, que reúne dentre outras, a Cryovac e a Diversey.
Além
da sua principal função, que é a proteção e armazenamento do produto, é sabido
que a embalagem pode servir como uma característica de uma marca, criando uma
identidade e podendo até ser uma solução de merchandising.
Conforme
Helene: “é preciso ser cauteloso ao criar
embalagens, pois a mesma pode tornar-se o “calcanhar de Aquiles” do produto, ou
seja, seu ponto fraco: ao mesmo tempo que a embalagem pode melhorar o
desperdício de alimentos, o seu excesso pode prejudicar o meio ambiente,
criando um desperdício e muita poluição”.
Helene
Roberts, Sealed Air, Reino Unido
Fonte:
site da Conferência
Helene
alertou que como o consumidor tem sempre expectativas em relação ao produto
(segurança, qualidade e sustentabilidade), para atender essa expectativa é
preciso cuidar dos aspectos de microbiologia, validade, sustentabilidade e da segurança
do produto. Para garantir que as expectativas sejam alcançadas, os produtores
devem trabalhar com enfoque em toda a cadeia produtiva de alimentos, e não pensando
somente em cada parte isolada. A forma como o produto é embalado tem grande
impacto no tempo de vida do produto, especialmente dos perecíveis, com vários
fatores afetando sua validade.
Ela
citou como exemplo o peixe fresco embalado em MAP (Modified Atmosphere Packaging), ou seja, embalagem com atmosfera
modificada à vácuo. Alguns fatores que afetam a validade do peixe e a
embalagem MAP são: a espécie do peixe, o teor de gordura, a carga bacteriana
inicial, a mistura de gases, relação gás/produto, qualidade da matéria-prima,
controles de temperatura e quão higiênico é o seu processamento. Conhecendo os
fatores que afetam a validade, já se pode deduzir qual é o conjunto de “ferramentas”
importantes para a fabricação de um produto: bom controle de matérias-primas,
bom processo de fabricação, boa higiene e embalagem eficaz. A embalagem portanto
faz parte desse conjunto de ferramentas, “mas
não basta cuidar apenas da embalagem e esquecer os outros aspectos da produção,
é claro”, alertou ela.
Outro
exemplo apresentado pela palestrante foi do uso de embalagem Cryovac para aves
e seu impacto sobre contaminação por bactéria Campylobacter.
A
tecnologia presente nesta embalagem com tecnologia de resina metaloceno em
filme BDF (Barrier Display Film) permite ter uma embalagem mais segura, com os
seguintes benefícios: é à prova de vazamento por ser hermeticamente fechada, proporciona
maior controle da atmosfera e barreira que permite o aumento da vida de
prateleira do produto, garante a não contaminação cruzada na distribuição, na
prateleira de varejo e na casa do consumidor. Permite ainda maior automatização
e menor manipulação, e para o meio ambiente, proporciona redução de resíduos de
7% a 2,5% em média.
Outro
exemplo citado foi o da carne embalada à vácuo. Em estudo comparativo
realizado em parceria com a ASDA (grande
rede varejista, com sede em no Reino Unido), ABP (uma das maiores processadoras
de alimentos de propriedade privada da Europa, com sede na Irlanda) e a própria
Sealed Air, foram analisados três diferentes sistemas: MAP, VSP (vacuum skin
pack), VSP – Perm (vacuum skin pack permeable).
Os
benefícios principais desses três tipos de embalagem foram semelhantes aos das
aves embaladas à vácuo:
• Melhor
controle do produto e da qualidade dos alimentos
•
Oportunidade para estender a vida de prateleira do produto
• Melhor
gestão de resíduos (redução de resíduos de 4,5% para 2,5%).
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