Han HaiZhou, Diretor de Garantia da Qualidade da McCormick Ásia, mostrou que, apesar
da evolução representada pelo processo de harmonização estabelecido pelo GFSI,
os clientes de sua empresa vêm exigindo auditorias de múltiplos sistemas de segurança
de alimentos e qualidade. Fato curioso, e eu diria até surpreendente, é que esta
exigência parte também de algumas empresas que são apoiadoras da iniciativa do
GFSI.
A McCormick da Ásia, pertence ao grupo McCormick, com sede em Baltimore,
Maryland, Estados Unidos. Fabrica temperos, ervas e aromas para o varejo, e
ingredientes para inúmeras indústrias de alimentos. É responsável por criar soluções
de sabor personalizados para 9 dos 10 maiores fabricantes de alimentos multinacionais,
e 8 das 10 maiores redes de foodservice
do mundo.
Autor foto: Bailey
Thomas - www.mygfsi.com
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HaiZhou discorreu primeiramente sobre os fundamentos do sistemas da
qualidade e segurança de alimentos da McCormick, que como pode se percebido no
slide abaixo, são de maneira geral os mesmos adotados pelas empresas que seguem
bons sistemas de segurança de alimentos.
Fonte: www.mygfsi.com
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HaiZhou relatou resultado de uma avaliação comparativa dos requisitos
exigidos pelos seus clientes, concluindo que cerca de 85% destes requisitos são
comuns para todos estes diferentes sistemas e para o sistema da McCormick.
Fonte: www.mygfsi.com
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HaiZhou mostrou também que os 15% de requisitos diferentes em geral se
deve a dois fatores: requisitos específicos da legislação do país (ou região)
do produtor e do país (ou região) do cliente, ou a requisitos “adicionais” específicos
da empresa cliente.
Fonte: www.mygfsi.com
Meu
comentário: as diferenças devido à legislação e regulamentos seria lógico de se
prever, pois é sabido que há diferenças previstas no Tratado de Barreiras
Técnicas e no Acordos Sanitários e Fitossanitários (SPS, em inglês), conforme
necessidade específica imposta pela realidade de diferentes países e ou regiões, o que é considerado
apropriado, sempre que não se constituam em barreiras técnicas. Vale observar
que todas as normas harmonizadas pelo GFSI sempre estabelecem que o respeito à
legislação/ regulamentação.
Ao
final de sua palestra, HaiZhou fez um apelo aos seus clientes de que aceitem as
certificações de suas fábricas, pois estas são baseadas em normas reconhecidas
pelo GFSI. Mostrou ele que isso diminuiria muito o fardo das mais de 20
auditorias por ano, deixando que os clientes gastem esforços somente nos
requisitos que de fato sejam adicionais.
Relembro
aqui o lema do GFSI: “Certificado por um*,
reconhecido por todos”, e me permito comentar que por vezes observa-se uma
certa incoerência de algumas empresas que apoiam, e até participam do GFSI, mas que na prática continuam a exigir
alinhamento com sistemas próprios, ou induzindo seus fornecedores a implementar
sistemas de sua preferência.
Por
quê isso ocorre? Até onde conheço, entendo ser por desconhecimento do próprio sistema
de harmonização do GFSI. Ou por desconhecimento das outras normas/ esquemas.
Outra hipótese é a natural tendência de ater-se ao paradigma do conhecido sem
sequer questionar e conhecer novos outros paradigmas possíveis. Claro que há
pequenas diferenças entre as normas/ esquemas que podem ser ou não vantajosas
sob algum ponto de vista. Mas sem conhecer tais diferenças, a adoção de uma
norma/ esquema apenas porque os responsáveis se colocaram “no piloto
automático”, me parece uma acomodação sem nenhum mérito, que pode em certos
casos implicar na escolha do caminho de maior gasto, e não o de melhor
resultado, como pode parecer à primeira vista.
*
um aqui significa esquema ou norma
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Fonte: www.mygfsi.com |
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