O tema central da
Conferência deste ano de 2015 foi responsabilidade compartilhada. Cada vez mais
a comunidade da cadeia de alimentos entende que segurança de alimentos é bem
comum que deve ser tratado pelos stakeholders
de forma compartilhada, já que envolve trocas ao nível global, e que a maioria
dos problemas de segurança envolve ações que vão do campo à mesa, e o mais
comum é que nem todos os elos desta cadeia encontram-se em uma mesma região, e
muito menos sob uma mesma responsabilidade.
Stephanie Hart, Diretora Executiva de Operações
da Nestlé Oceania, mostrou como um grande grupo de stakeholders da Austrália e Nova Zelândia, colocou em prática, de
forma brilhante, este conceito da responsabilidade compartilhada, contribuindo
não só para a melhoria da avaliação de risco para alergênicos na Austrália e
Nova Zelândia, mas como disponibilizou para todo o mundo a ferramenta VITAL®, que
será abordada em novo post.
Autor foto: Ellen
Lopes
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Stephanie
explicou o cenário de alergênicos na Austrália e Nova Zelândia, que aponta que 1
em cada 10 bebês tem ou desenvolverá problema com alergia a certos alimentos.
Fonte: www.tcgffoodsafety.com |
Explicou ela que “a legislação na Austrália/ Nova Zelândia estabelece
que qualquer um dos principais alérgenos alimentares devem ser rotulados quando
presentes em um alimento (ingrediente, aditivo ou auxiliar de processamento ou
de um componente de um destes): amendoins e nozes, cereais que contêm glúten,
gergelim, soja, ovos, leite, peixes e crustáceos, sulfitos adicionados se mais
de 10 mg/ kg no produto final. Os produtos obtidos a partir de qualquer destas
substâncias devem também ser indicados, se forem utilizados”.
Na prática, para se
resguardar de problemas, quando os fabricantes suspeitam de contaminação
cruzada durante processo, ou quando não conseguem ter certeza sobre ausência de
alergênicos provenientes de ingredientes/ aditivos, tem sido comum optarem por
colocar no rótulo alertas do tipo “pode conter x, y , z .... alergênicos”,
resultando em poucas opções para os consumidores que necessitam de produtos de
fato sem tais alergênicos.
Para resolver este
problema, o Australian Food & Grocery Council Allergen Forum, que já vinha
estudando o problema de como apoiar os fabricantes a identificar se de fato o produto
era isento de alergênicos provenientes de contaminação cruzada, em 2005 criou a
ONG Allergen Bureau, com o objetivo de compartilhar informações e
experiências sobre a gestão de alergênicos alimentares entre as indústrias de
alimentos, para assim garantir que os consumidores receberiam informações
relevantes, consistentes e fáceis de serem entendidas.
O Allergen Bureau é um maravilhoso exemplo de
cooperação interativa na forma de rede, entre concorrentes da indústria de
alimentos, congregando desde empresas nacionais e multinacionais de fabricação
de alimentos, empresas de marketing, fornecedores,
importadores, exportadores, varejistas e grupos de consumidores sobre como
gerenciar os riscos de alérgenos alimentares na indústria visando a segurança
dos consumidores. Conta com grupos de trabalho voluntário de várias indústrias
(ex. Nestlé, Mars, Unilever), laboratórios, além de mais 24 membros e 17
associados em torno da missão: “Trabalhando juntos para conduzir iniciativas de
gestão de alergênicos”.
Fonte: www.tcgffoodsafety.com
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