Pela primeira vez uma apresentação formal do Brasil na
GFSC
Hoje começo a comentar sobre a apresentação, que com muita
honra fiz, como parte do Painel sobre o Programa Global Markets da GFSI, Programa este abraçado no Brasil pela APAS –
Associação Paulista de Supermercados, numa iniciativa do seu Comitê de Segurança de Alimentos, a quem muito agradeço a
colaboração.
Este painel foi coordenado pela Cindy Jiang, Diretora Senior
de Segurança de Alimentos , do Corporativo do Mc Donald’s, Estados Unidos.
Fonte: Programa da Global Food safety
Conference, 2016
O Global Markets Brasil foi o primeiro trabalho brasileiro aprovado para apresentação formal nas conferências globais da GFSI (Global Food Safety Initiative), tendo
sido inscrito por Ellen Lopes (Food Design & IRSFD), Márcia Rossi (Walmart
Brasil) e Paulo Pompílio (GPA, do grupo Casino). Como Márcia e Paulo não
puderam ir, eu fiz a primeira parte da apresentação, e Natalie Dyenson, do
Walmart dos Estados Unidos, fez a complementação, representando a Márcia Rossi.
Antes de mostrar como foi nossa apresentação em mais detalhes, o que
ficará para um próximo post, penso que é importante explicar o Programa para
quem ainda não o conhece, e como o Global Markets vem se fixando como um pilar
fundamental para o desenvolvimento segurança de alimentos nas cadeias de suprimento
globais.
O que é o Global Markets?
O Global Markets é um programa desenvolvido pela GFSI, que visa
facilitar empresas de alimentos pequenas
ou menos desenvolvidas (PME), a como enfrentarem o desafio da segurança de
alimentos, de forma que possam ampliar seu acesso a mercados nacionais ou
internacionais. Ao enfrentar este desafio, simultaneamente serão reduzidos os
riscos nas cadeias de fornecimento global de alimentos.
Princípio fundamental
Este Programa parte do princípio que segurança de alimentos não é vantagem competitiva, e sim uma responsabilidade compartilhada por
todos os stakeholders da cadeia.
Estratégia
A estratégia adotada pela GFSI foi estabelecer requisitos mínimos para
estas empresas implementarem sistemas de segurança de alimentos, de forma paulatina, passo a passo, visando
sua melhoria contínua, até estarem aptas a atingir o estágio de certificação acreditada, por uma das
normas ou sistemas reconhecidos pela GFSI. O ponto de entrada fica a critério
da empresa entrante, podendo ser no nível Básico, ou no Intermediário. Assim
que julgar ter atingido os requisitos do nível escolhido, a empresa pode pedir
a realização de uma auditoria não certificada para um prestador de serviço
credenciado para este fim, ou para as certificadoras.
A figura abaixo ilustra como funciona esta implementação escalonada,
sendo o tempo indicado em cada passo, apenas uma estimativa de tempo médio.
Fonte: Adaptação das
informações do site do GFSI.
Escopo
O Programa Global Markets foi
desenvolvido até o momento para estes dois escopos:
I)
Indústria: processamento de produtos primários ou fabricação de
alimentos processados
II) Produção primária: agricultura de plantas, grãos e leguminosas.
O Global Markets Brasil, abraçado pela APAS, cobre por ora o escopo
Indústria.
Versão em português
Estes requisitos estão na segunda versão, e estão disponíveis no site da
GFSI, em inglês e japonês. O Global Markets Brasil está construindo um site,
onde a tradução em português, gentilmente cedida pela IFS, estará
disponível para os interessados, mediante cadastramento. Quem tiver interesse em ser
avisado sobre o lançamento do site, por favor escreva para
ellen.lopes@irsfd.org.br
As normas/esquemas reconhecidos
pela GFSI
No caso da indústria, no Brasil, a maior demanda se concentra atualmente
nas normas IFS, FSSC 22000. Se você
quiser conhecer todos as normas ou esquemas reconhecidos, acesse
o site da GFSI.
Quais as vantagens? Como tem sido a aceitação?
Aguarde a Parte 2.
Autor: Ellen Lopes, Food Design & IRSFD.
O que você acha do
Programa Global Markets? Sua empresa já conhecia? Que vantagens você acha que o
Programa traz para as empresas e para o Brazil?
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O Programa Global Market promove um grande passo evolutivo para a segurança de alimentos ao fundamentar que a segurança de alimentos não é uma vantagem competitiva e sim uma responsabilidade compartilhada. Parabéns.
ResponderExcluirAgradeço os parabéns, e sou uma entusiasta pela ideia de que as empresas exercitem cada vez mais o compartilhamento desta responsabilidade.
ExcluirAlém do estabelecimento de requisitos mínimos, há algum outro incentivo para a adesão das empresas (PME) ao Programa Global Market?
ResponderExcluirEntendo que o maior incentivo é a resposta que o mercado tem dado a empresas que adotam a segurança de alimentos na prática: manutenção de clientes e conquista de novos clientes, tanto nacionais como internacionais.
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