Essa é uma dúvida
recorrente, desde que o FSMA - Food Safety Modernization Act foi assinado. Para
responder essa questão, vou me apoiar em artigo de David Acheson, CEO do Acheson Group e Conselheiro Adjunto da
FDA, disponibilizado pela GFSI por ocasião da Conferência de Houston.
O FDA e GFSI
têm continuamente discutido o assunto e isso tem sido referenciado em várias
ocasiões, como na Conferência de 2012, quando Michael Taylor, também Conselheiro Adjunto do FDA, declarou que “à
medida que desenhamos o nosso novo sistema de importação, queremos trabalhar estreitamente
com a GFSI, construindo em cima da eficaz fundação para programas de
certificação estabelecida por essa entidade”.
Exatamente, o que há de novo?
O que há de
novo é que o FDA está agora solicitando input de iniciativas que se alinhem e apoiem a implementação do
FSMA. Em recente anúncio da audiência pública de 14 a 15 de fevereiro, com
foco em produtos importados [pelos Estados Unidos], o FDA informou que levará
em consideração informações sobre o papel das parcerias para as tomadas de
decisão baseadas em risco.
Embora a GFSI
não tenha sido explicitada, para David, essa consideração parece se referir à GFSI.
“Minha dedução é que o reconhecimento de
um padrão (isto é, GFSI) para um alimento importado significaria reconhecimento
do padrão para um alimento produzido nos Estados Unidos. Em recente evento em
Washington sobre esse tema, afirmei que as normas GFSI geralmente atendem ou
excedem as exigências na FSMA para controles preventivos, sendo até a GFSI superior
ao FSMA para requisitos adicionais não refletidos no FSMA”. David afirmou
ter considerado para isso a versão 7 dos Requisitos de Benchmarking da GFSI. Mike Robach, Presidente da GFSI, nesse mesmo evento,
afirmou “A GFSI é um exemplo de parceria para
fazer o que nenhuma empresa poderia fazer sozinha: reciprocidade maciça em
escala global”.
David Acheson, CEO da Acheson Group Fonte da foto: LinkedIn |
Meus comentários
A Food Design
é a empresa com o maior histórico em consultoria e treinamentos em normas GFSI
no Brasil. Nossa equipe tem acompanhado de perto a evolução da regulamentação do
FSMA, bem como as discussões da comparação FSMA com GFSI.
Com base em
nossos estudos sobre o FSMA, tenho que alertar que até o momento há algumas
diferenças importantes em relação à GFSI, para que não pareça que as
similaridades são maiores do que de fato são.
Não pretendo
aqui fazer uma listagem completa, mas sim dar alguns exemplos:
- FSMA pede
no plano de controle preventivo de segurança de alimentos (de nome popular HARPC)
que sejam avaliados também os perigos radiológicos
- FSMA
aprofunda visão de controles preventivos no plano de higienização, nos perigos
provenientes do supply chain, no plano
de recall
- FSMA, além
de exigir que sejam avaliados os perigos provenientes de adulteração por razão
econômica – fraudes, estabelece que sejam também avaliados os perigos de outros
tipos de adulteração (o que nós da Food Design denominamos de perigo à segurança percebida - como deteriorantes,
sujidades, fio de cabelo etc.)
- GFSI estabelece
vários mecanismos de gestão que estão ausentes no FSMA - exemplos: análise crítica
da direção; procedimento de ação corretiva/ correção com visão mais sistêmica -
e não relativos a desvios nos controles preventivos.
Nota: meus
comentários têm com base a revisão 6 dos Requisitos de Benchmarking da GFSI,
pois ainda não conheço detalhadamente o conteúdo da versão 7, que anunciei em
post anterior ter sido lançada pela GFSI, e que David usou para sua afirmação.
Comente: você acha que o que tenho mostrado dessa Conferência ajuda você a entender o cenário mundial da segurança de alimentos?
Comente: você acha que o que tenho mostrado dessa Conferência ajuda você a entender o cenário mundial da segurança de alimentos?
Autor: Ellen
Lopes, Ph.D. eal
Fonte:
http://www.mygfsi.com/news-resources/news/news-blog post reproduzido
pelo GFSI com permissão do TAG blog
#FSMA #GFSI #ComparacaoGFSIeFSMA
#ComparacaoFSMAeGFSI