Mais uma vez tive que fazer uma “pausa
momentânea”, nem tão momentânea assim, pois acabei ficando “fora do ar” desde
11 de abril. Mas penso que os leitores entendem que o blog é uma atividade
paralela ao trabalho da Food Design, que por vezes é muito intenso e que não
pode parar.
Dando continuidade aos exemplos sobre iniciativas de
implementação de sistemas de gestão da segurança de alimentos com base no
Programa Global Markets do GFSI, vou apresentar os cases da Malásia, apresentados por Cenk Gurol, Presidente da AEON, Japão,
por Ali Badarneh, Diretor de Desenvolvimento Industrial da UNIDO - United
Nations Industrial Development Organization, Áustria, e por Siti Noorbaiyah
Abdul Malek, CEO da UNIPEQ, Malásia. (Os nomes que soam tão diferentes para
nós, que sequer dá para saber se são masculinos ou femininos, mas vendo as
fotos você vai identificar).
Cenk Gurol apresentou a empresa AEON, sede no
Japão, que é o maior varejista na Ásia, com 15.008 lojas e 222 shoppings, uma
receita de vendas de 65 milhões de dólares, além de ter 29.760 milhões de
membros do cartão de crédito AEON, uma potência! O grupo possui empresas que
vão desde lojas de conveniência chamadas "Ministop" até supermercados
em shopping centers.
Abaixo seguem dados da Malásia para contextualizar
o cenário daquele país:
Fonte:
Site da Conferência
Na Malásia a AEON é o segundo grupo varejista e
tem planos de abrir 100 lojas até 2020.
Cenk contou que a AEON e a UNIDO estabeleceram uma
parceria público-privada, firmando um modelo de infraestrutura neutra e
sustentável sustentada para os países da ASEAN - Associação de Nações do
Sudeste Asiático e que foi criado o programa chamado SSDP - Sustainable
Supplier Development Programme, que tem como objetivos permitir que
fornecedores de países em desenvolvimento tenham acesso a novas e rentáveis oportunidades
de mercado, estabelecendo vínculos duradouros com potenciais compradores e
aumentando a disponibilidade de produtos sustentáveis e seguros, o que gera
novos empregos e oportunidades de renda em países em desenvolvimento. Cenk fez
uma interessante exposição comentando que: “o
maior desafio foi harmonizar a relação entre a segurança de alimentos e a
responsabilidade social, para atender ao objetivo de melhorar a
sustentabilidade do ponto de vista social, ético e ambiental. O projeto foi
iniciado em 2013 e deve durar até fevereiro de 2014.
A seguir Ali Badarneh discorreu sobre a UNIDO: uma
agência especializada pertencente às Nações Unidas, cujo mandato é promover e
acelerar o desenvolvimento industrial sustentável em países em desenvolvimento
e economias em transição, bem como trabalhar para melhorar as condições de vida
nos países mais pobres do mundo. Foi criada em 1966 e tem 173 Estados-Membros. Para
saber mais da UNIDO, clique aqui. Ali
explicou que a UNIDO é um membro do Comitê do Global Market do GFSI desde 2009,
quando fez um projeto piloto no Egito, iniciando com o nível básico do
Protocolo Global Markets do GFSI, que evoluiu para o nível intermediário em
2010. Com base nesta experiência, é que a UNIDO estabeleceu a mencionada
parceria com a AEON.
Ali Badarneh, UNIDO, Áustria
Autor foto: Ellen Lopes
Ali explicou que o programa
prevê uma fase piloto com 25 fornecedores, seguida da fase de de roll-out com 100 fornecedores e mostrou
os stakeholders que se uniram para
viabilizar o projeto.
Fonte:
Site da Conferência
Siti N. Abdul Malek, Phd, da UNIPEQ, Malásia
finalizou o painel explicando que a empresa UNIPEQ foi integrada em 2009 à
Universidade Kebangsaa, e é especializada em fornecimento de serviços de
qualidade e segurança de alimentos, reconhecida tanto por agências
governamentais como pelo segmento privado.
Autor
foto: Ellen Lopes
A UNIPEQ foi identificada como um interlocutor
privilegiado, de fundamental importância para facilitar a integração com a
cultura e hábitos locais, responsável por adaptar e desdobrar os treinamentos conforme
o nível de conhecimento dos multiplicadores. Um exemplo de adaptação mencionado
por Siti, são os requisitos Halal, que ganham cada vez mais força no mundo, na
medida em que populações muçulmanas crescem em todo o mundo, conforme mostrou
ela no slide abaixo.
Fonte:
Site da Conferência
Com este post eu encerro a série dos cases de
implementação do Programa Global Markets do GFSI.
Não saia do ar, seja como um bom brasileiro “que
não desiste nunca”, pois antes de ir para o jantar do segundo dia, falta ainda,
por mais incrível que pareça, mais um painel a que assisti durante as seções
tipo “break-out sessions”. Até breve!
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