John iniciou mencionado que o sistema HACCP tem
sido foco da maioria do sistemas de segurança de alimentos por cerca de 50 anos. “Durante
este tempo, temos sido altamente focados no controle do processamento dos
alimentos. Embora o HACCP seja um a ferramenta eficaz para controle de
processo, claramente ela não é adequada para prevenir doenças veiculadas por
alimentos. Nenhum dos maiores surtos recentes estavam claramente ligados a
falhas do sistema HACCP. Os surtos têm sido largamente relacionados a falhas no sistema de pré-requisitos. John
explorou a ideia do “uso da ferramenta
HACCP para identificar e controlar as
medidas de pré-requisitos cuja falha representa um risco significativo de
contaminação” (e eu acrescento: ou de multiplicação, quando for o caso).
John Holah, Campden, Reino Unido
Foto: Flickr/ GFSI
|
Aqui não posso deixar de me furtar a dizer que isso soou
como música para meus ouvidos, e fiquei muito feliz, porque John confirma que a
equipe Food Design está no caminho certo! Há anos, a metodologia para HACCP da
Food Design usa a ferramenta HACCP não só para identificar pontos críticos de controle.
Nossa metodologia prevê o uso do sistema como base para uma profunda análise crítica
dos riscos de contaminação provenientes dos insumos e do processo, porém passando
pelo questionamento da eficácia das medidas de controle preventivas que já compõem
o sistema de pré-requisitos, bem como pela identificação da necessidade de
novas medidas de controle e quando necessário, de sua validação.
Joe Stout abordou a importância do desenho sanitário como
pré-requisito, ilustrando com bons e maus exemplos. Ele alertou que a concepção de equipamentos desempenha um papel fundamental
na limpeza e desinfecção, portanto na garantia de ambiente para produção de
alimentos seguros: “um bom design de
higiene não é um acidente, é preciso esforço intencional e tempo”. Lembraou
ele ainda que “desenho sanitário também
significa fornecer as ferramentas apropriadas para que o trabalho possa ser
feito de forma apropriada”.
Joe Stout, Food
Sanitation, Estados Unidos
Foto: Flickr/ GFSI
Ken Davenport discorreu sobre maneiras de se fazer um
teste rápido e eficaz dos programas de limpeza, com foco nos teste de
bioluminescência, que podem dar informações imediatas sobre o resultado da higienização
de uma superfície. Ele discutiu os mecanismos dos testes de bioluminescência,
que se baseiam na presença de ATP, e alertou sobre a importância da reprodutibilidade de resultados. Lembrou
ele ainda sobre a importância do desenvolvimento de planos de amostragem apropriados
e a necessidade de estabelecimento de critérios tipo “passa-não-passa” para
operações de higienização.
E embora isso tudo nem deva ser novidade, vale sempre
questionar - você, está atento(a) a todos estes detalhes? Se não está, calibre
seu “olhar crítico” no máximo, e use seu HACCP de fato como ferramenta para alavancar
de fato a segurança de alimentos, e não somente como uma mera exigência legal
ou normativa.
Apoio de publicação: Thaís Ferreira
Seu comentário é bem vindo!
Para comentar, com o post aberto, clique no título do post e desça até o final dele, onde será possível comentar na janela destinada a este fim. Será solicitado “comentar como” e você terá que selecionar seu perfil.
Nota para quem precisar de mais explicações: você pode se identificar da forma que preferir, sendo que recomendamos que você use a opção “Nome/URL”, onde será solicitado informar o nome e um URL seu, o que significa link de alguma rede social, ou blog ou site do qual você faça parte. Exemplo de como pegar seu URL do Facebook: abra sua página de perfil e copie o endereço que aparece no navegador. Há também a opção de colocar como anônimo, mas neste caso não será possível entrar em contato com você.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários