Durante sua palestra no segundo dia da conferência, Ian Williams, mostrou
também o FDOSS – Sistema de Vigilância de Surtos de Doenças Transmitidas por
Alimentos. Esse sistema foi desenvolvido em 1973 e captura dados sobre os
agentes, alimentos e responsáveis pelos surtos de doenças investigados.
Os surtos são a principal forma de aprender como os alimentos estão causando
doenças e como prevení-las. Hoje em dia, os Estados Unidos reportam centenas de
surtos a cada ano através do Sistema de Relatórios Nacional (NORs). Os dados
são utilizados para determinar combinações de agente patogênico alimentar para
focar na prevenção.
E quais são os passos para divulgação de dados sobre surtos investigados?
A partir do momento que existe um possível surto, o departamento de saúde
investiga o surto e os dados são inseridos no formulário do CDC. Assim, o CDC os
verifica e os dados ficam prontos para análise e divulgação.
Fonte: slides da Conferência
O cenário dos surtos de
origem alimentar está em mudança. O que costumava ser um cenário restrito, com
surtos causados por erros de manipulação de alimentos produzido em um determinado local, envolvendo grandes números
de pessoas circunscritos neste local onde este produto foi produzido, e com investigação e
solução local, se transformou em um cenário disperso, com surtos
causados por eventos de contaminação de escala industrial, com alimentos amplamente
distribuídos, envolvendo muitas comunidades, podendo haver poucas pessoas dispersas em muitos locais diferentes, com detecção feita por vigilância laboratorial e resposta que exige coordenação
entre os municípios, estados e órgãos federais envolvidos.
Fonte: slides da Conferência
O gráfico acima mostra o
aumento do número do número de surtos de doenças de origem alimentar em vários
estados americanos de 1993 a 2012.
Já o gráfico abaixo apresenta a porcentagem de surtos envolvidos em diferentes categorias de produtos primários entre 2008 e 2012. Podemos observar que peixes, aves e carne bovina representam a maioria, porém é importante observar que vegetais folhosos já representam 10% dos surtos.
Já o gráfico abaixo apresenta a porcentagem de surtos envolvidos em diferentes categorias de produtos primários entre 2008 e 2012. Podemos observar que peixes, aves e carne bovina representam a maioria, porém é importante observar que vegetais folhosos já representam 10% dos surtos.
Fonte: slides da Conferência
Ian concluiu que a indústria
é cada vez mais reconhecida como uma fonte de surtos de origem alimentar,
causando mais e maiores surtos. Os principais desafios das indústrias com as doenças
causadas por alimentos são:
- Atenção aos produtos consumidos crus - se não estiver prevista a higienização na indústria para remover alguns patógenos, este passo deverá ser alertado e feito corretamente
pelo consumidor, o que é válido somente se os patógenos não tenham se instalado nos tecidos internos
da planta, o que impossibilita a eliminação através de higienização;
- Compreender melhor as
relações patógeno-indústria, entendendo as possibilidades de contaminação do
campo à mesa, envolvendo uma atenção aos três elementos-chave: Contaminação, Controles
e Prevenção.
Apoio de publicação:
Thaís Ferreira
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