Jonna A. K. Mazet, Professora Doutura e Diretora Executiva do Instituto One Health e da Escola de Veterinária da Universidade da Davis, Califórnia, é veterinária de animais silvestres especializada em doenças zoonóticas. O Instituto One Health tem como objetivo a criação de mecanismos globais de vigilância de patógenos com potencial pandêmico.
Sua palestra foi muito importante para explicar o trabalho deste Instituto e me auxiliou a expandir as fronteiras de pensamento em relação aos alimentos e sua segurança.
Jonna Mazet, do Instituto One Health e da Escola de Veterinária da Universidade de Davis, Califórnia, Estados Unidos. Foto: Ellen Lopes. |
Jonna iniciou citando que One Health”pode parecer um “novo conceito”, mas é na realidade um conceito antigo, já referenciado por vários cientistas, que mostram o óbvio mas por vezes esquecido conceito de que a saúde humana é afetada pela interação de vários elementos, como mostra a figura a seguir:
Fonte: Jonna Mazet |
Tradução no sentido horário: Mudança no uso da terra e aumento da população humana; Aumento do contato entre humanos, animais de criação e animais silvestres; Fluxo de patógenos aumentado; Riscos à saúde de humanos, animais de criação e silvestres; Impactos nos meios de subsistência e pressões econômicas
Explicou Jonna ainda que o One Health trabalha com uma abordagem interdisciplinar para resolver problemas específicos e complexos que surgem nesta tripla interface de animais x homem x ambiente,. A colaboração entre os profissionais de diversas especializações é fundamental para a solução de problemas de saúde, fazendo questão de acrescentar: “mas não suficiente, pois há muitos outros esforços envolvidos e a necessidade também de esforços transdisciplinares”.
O One Health tem como estratégia mundial a expansão das colaborações interdisciplinares e das comunicações em todos os aspectos dos cuidados de saúde para os seres humanos, animais e meio ambiente.
Nos Estados Unidos várias entidades reconhecem os esforços do One Health, dentre as quais citou (não vou traduzir os nomes): American Academy of Pediatrics, American Association of Public Health Physicians, American Medical Association, American Nurses Association, American Public Health Association, American Society of Tropical Medicine and Hygiene, American Veterinary Medical Association, Centers for Disease Control and Prevention (CDC), Global Food Safety Initiative, Infectious Disease Society of America, United States Department of Agriculture (USDA), United States Agency for International Development (USAID), National Environmental Health Association (NEHA).
O One Health, conta com apoio da USAID, Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional. Através de estudos do Projeto USAID PREDICT foi possível a detecção de novos patógenos, sendo citados por Jonna a detecção de 250 novos vírus em animais selvagens, bem como documentados vários patógenos humanos em animais selvagens e vice versa: patógenos de origem animal em humanos. Coloco abaixo uma figura mostrada por Joanna com um mapa dos patógenos relacionados com as doenças infecciosas emergentes.
Fonte: Jonna Mazet |
Nos Estados Unidos várias entidades reconhecem os esforços do One Health, dentre as quais citou (não vou traduzir os nomes): American Academy of Pediatrics, American Association of Public Health Physicians, American Medical Association, American Nurses Association, American Public Health Association, American Society of Tropical Medicine and Hygiene, American Veterinary Medical Association, Centers for Disease Control and Prevention (CDC), Global Food Safety Initiative, Infectious Disease Society of America, United States Department of Agriculture (USDA), United States Agency for International Development (USAID), National Environmental Health Association (NEHA).
O One Health, conta com apoio da USAID, Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional. Através de estudos do Projeto USAID PREDICT foi possível a detecção de novos patógenos, sendo citados por Jonna a detecção de 250 novos vírus em animais selvagens, bem como documentados vários patógenos humanos em animais selvagens e vice versa: patógenos de origem animal em humanos. Coloco abaixo uma figura mostrada por Joanna com um mapa dos patógenos relacionados com as doenças infecciosas emergentes.
Mapa dos patógenos relacionados com as doenças infecciosas emergentes. Fonte: Jonna Mazet |
• treinamentos para mais de 2000 profissionais de campo, veterinários, técnicos de laboratório, trabalhadores públicos da área da saúde de 20 países em 59 ministérios;
• capacitação para testar as famílias virais em 35 laboratórios;
• coletadas amostras de 50.000 animais: morcegos, roedores, aves, carnívoros, primatas e ungulados. ( Ungulados são os cervídeos, pertencentes às Ordens Perissodactyla e Artiodactyla, por exemplo no Brasil as antas e porcos-do-mato).
Jonna relatou que “a maioria das doenças infecciosas emergentes em humanos provenientes de animais são doenças de origem zoonótica, com 75% delas com origem silvestre”. Ela disse que o objetivo final deste tipo de trabalho deve ser sempre impedir uma epidemia antes que esta possa se tornar uma pandemia, o que significa pesquisar sobre onde patógenos podem estar e como chegar lá. “Não é apenas sobre as pessoas, os animais e o ambiente, é sobre a combinação de tudo, o que resulta em "One Health", concluiu ela.
Apoio de redação: Pablo Laube
Apoio de revisão e de publicação: Simone Souza.
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